quinta-feira, 25 de junho de 2009

Considerações Gerais

Já estamos por aqui há pouco mais de 4 meses agora e ainda estamos nos adaptando. Por enquanto tudo é muita novidade e o deslumbre é imenso quando comparamos o que temos aqui ao que tínhamos no Brasil.

O custo de vida é alto (comer e morar consomem a maior parte do nosso dinheiro) mas os salários também são altos, mesmo quando se é garçon num café. Já trabalhei em eventos chiques e no estádio de Rugby (o substituto do futebol aqui) e meu salário era o mesmo nas duas ocasiões. Esse mês consegui,os começar a juntar dinheiro, o que significa que nossos salários combinados estão sendo maiores que nossos gastos ... Já estava em tempo! Mas mesmo assim ainda levamos sustos nos valores de qualquer comprinha no mercado.

Hoje recebi meu primeiro aumento de salário. Sim, você leu certo ... AUMENTO! Estou na empresa há pouco menos de dois meses, como funcionária temporária, e pimba! ... aumento! Coisa que eu nunca tive no Brasil. Nem preciso comentar a cara de choque que eu fiquei quando fiquei sabendo, né?

Estou começando a trabalhar em mudar minha "mentalidade brasileira" e já consigo julgar bem menos os "tipinhos estranhos" que vemos pelas ruas daqui. Hoje em dia também ligo muito menos se meus sapatos (na maioria das vezes tênis e bota sem salto) combinam com o resto da roupa ... mais importante mesmo é estarem confortáveis (e isso você aprende depois de um mês caminhando pra cima e para baixo). Essa posição de "não tô nem aí pro que pensarem de mim" que os Kiwis têm deve ser um dos motivos que os levam a viver tantos anos. Quando eu chegar a esse ponto, terei aumentado meu tempo de vida em pelo menos 5 anos.

O frio é desanimador. Principalmente para uma carioca acostumada ao Rio 40º. Levantar cedo é uma novela de inúmeros capítulos e, eventualmente, acaba-se cochilando e perdendo a hora. Tirar as camadas de roupa pra entrar no banho é outro motivo pra odiar o frio, mas é o melhor remédio contra o sono às 7 da manhã ... Mas nada supera o choque que levamos ao colocar nossos narizinhos de fora e perceber que sai fumacinha quando respiramos até pelo nariz e que até os cílios ficam mais sensíveis no vento frio!

A comida aqui recebe muitas influências Coreanas, Chinesas e Malasianas, tornando-se péssima ao meu paladarzinho típico carioca e quando disputamos "o que mais sentimos falta do Brasil" só não ganha dos amigos e da família. Como disse o Diogo no blog dele, as comidas mais próximas do nosso paladar atendem pelo nome de McDonald's, Burger King e Subway ... Já faz algumas noites que sonho com carne assada e farofa! ... JURO!

Estar longe da família é outra coisa que dói fundo, principalmente pra mim que nunca passei tanto tempo assim sem ver meus familiares. Ainda bem que existe Skype. Só assim pra conversar relativamente de graça com todo mundo ... e, de quebra, ainda mato a saudade da cachorrada!

Quanto ao povo daqui não tenho reclamações. Sempre converso muito com pessoas que conheço nos meus "bicos" e muitas pessoas me reconhecem na rua e acenan ou chegam perto pra bater papo. No trabalho também não é diferente. Todos que chegam dizem bom dia e perguntam como estou. Às vésperas de fim de semana ou feriado eles até encenam um certo interesse em saber nossos planos para os próximos dias. Não existe aquela coisa dos dois beijinhos nas bochechas e abraços ... mas frios eles também não são!

No outro dia, voltando da casa do Paul e da Veronika me deparei com a seguinte situação: eu estava numa estação que não tem venda de bilhetes e, como de costume, saí apenas com o EFTPOS (noso visa electron/rede shopping local), o que não me permitia comprar o bilhete na mão do funcionário do trem. Sentada ao meu lado no trem (já em movimento), uma garota neo-zelandesa com seus 17 anos maios ou menos que, vendo a sinuca em que me encontrava, se ofereceu pra pagar minha passagem pois ela tinha outros tickets do trem na mochila. Deixei, claro ... mas me ofereci para comprar outro para ela quando chegássemos à estação final, depois de concluir que ela ia para o mesmo canto que eu. Ela não quis que eu pagasse para ela e disse que esta seria a boa ação dela do dia.

Então me digam: aonde que são frios esses Kiwis? Até agora só vi muita receptividade e nada de preconceito da parte deles.

Pode ser que minha opinião mude uma hora dessas, mas essas são minhas considerações nesses 4 meses de Nova Zelândia.

Vou terminando por aqui hoje. Esse fim de semana viajaremos para Whakapapa para nossa primeira experiência de Snowboard e, com certeza teremos fotos e novidades para contar por aqui ... então até lá!

:)

domingo, 21 de junho de 2009

Novidades e fotos de dar água na boca!

Continuo firme e forte no trabalho e já estou com o meu contrato estendido até dia 14 de agosto que é o dia que a outra P.A. deve voltar de férias da Áustria.

Essa semana abriu uma vaga lá pra P.A. de um outro setor da empresa, fica até no mesmo andar do prédio. Já conversei com meu atual chefe e expressei meu interesse na vaga. Agora ele está estudando as possibilidades de eu ficar com a outra vaga, dependendo da urgência que existir para preenchê-la, pois só posso começar a trabalhar lá efetivamente depois que eu acabar de cumprir meu contrato no Departamento Pessoal.

A história de cozinhar para levar comidinha pro almoço durante a semana deu certo. Andei fazendo cada prato que além de saboroso, ajudou a economizar um bom dinheirinho e, finalmente estamos começando a refazer nossa reserva de dinheiro aqui. Nosso cardápio variado já teve Strogonoff, Bolo de Batata, Arroz de Galinha e Salada de Macarrão com Atum. Aqui tem fotos pra deixar vocês aguando um pouquinho:

Bolo de Batata (receita da vovó):

Arroz de galinha (também da vovó):

Andei também tentando copiar o bolo de cenoura da Veronika, mas sem muito sucesso. Apesar de ter ficado "bonzinho" não ficou perfeito como o da Vê e eu resolvi levar pro trabalho pra comerem durante o "Mornign tea" ... e não é que fez sucesso? Desapareceu rapidinho!

Ontem encontrei no supermercado New World duas coisas inéditas: pão de queijo da Yoki (aquela mistura que vem em caixinha) e um tipo de requeijão. Pois é, a vontade foi grande e comprei. Cheguei em casa e danei a ler as instruções e fazer o pão de queijo. Na caixinha dizia:
"Quanto mais trabalhar a massa, mais o pão de queijo cresce". Foi aí mesmo que eu parti pra grosseria: amassei com colher, com a mão, com a colher denovo e, na hora de modelar as bolinhas, amassei mais um pouco! ... FICOU DIVINO!

Ainda no forno, assando:

Depois de assados, quentinhos e prontos pra comer com requeijão:

Estava bom de lamber até os dedos!!